Pirenópolis é um município histórico, sendo um dos primeiros do estado de Goiás. A história de Pirenópolis começa como um pequeno arraial em 7 de outubro de 1727, pelo português minerador Manoel Rodrigues Tomar (conhecido por alguns historiadores como Manoel Rodrigues Tomás), com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário (devido ao ouro encontrado aqui). As minas da região foram descobertas pelo bandeirante Amaro Leite, porém foram entregues aos portugueses por Urbano do Couto Menezes, companheiro de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera filho, na primeira metade do século XVIII.
Foi um importante centro urbano dos séculos XVIII e XIX, com mineração de ouro, comércio e agricultura, em especial a produção de algodão para exportação no século XIX, sendo até considerada a cidade mais importante do estado. Ainda no século XIX, devido a uma enchente que levou a metade de sua ponte do Rio das Almas o arraial começou a ser conhecido como Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte.
Destaque na história de Pirenópolis
Destacou-se como o berço da imprensa em Goiás, já que ali nasceu o primeiro jornal do Centro Oeste, denominado Matutina Meiapontense (que era também usado como diário oficial dos presidentes das Províncias de Goiás e do Mato Grosso, pois havia ali uma coluna dedicada à publicação dos atos do governo). Além disso, também foi considera como o berço da música goiana, graça ao surgimento de grandes maestros.
Cidade dos Pireneus
Em 1890, mudou seu nome para Pirenópolis, que significa “a Cidade dos Pireneus”. Uma homenagem a serra dos Pireneus, que cerca toda a cidade. A serra, por sua vez, teve seu nome tirado da cadeia de montanhas que separa a França da Espanha.
Passou por um período de estabilidade e isolamento, que a manteve quase intocada pelas transformações do século XX, a antiga “Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte” conservou praticamente intacta sua feição original, e foi redescoberta na década de 1970, com a vinda da capital Brasília para o Centro Oeste.
Pirenópolis constitui-se hoje em um dos mais ricos acervos patrimoniais do Brasil, sendo tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN), em 1988. Possui casarões, ruas e igrejas de arquitetura colonial. Seu povo alegre, devoto e festeiro promove as festas mais populares de Goiás, como a “Festa do Divino”, conhecida internacionalmente. A natureza exuberante propiciou a formação do “Parque Estadual da Serra dos Pireneus”, local de pesquisas sobre a fauna e a flora, típicas do cerrado brasileiro.
Hoje em dia é famosa pelo turismo e pela produção do quartzito, a Pedra de Pirenópolis. Localizada ao pé da Serra dos Pireneus, possui um clima agradável e as dezenas de cachoeiras em suas proximidades agradam os ecoturistas e demais amantes da natureza. Pirenópolis ainda é uma cidade típica do interior com povo pacato, hospitaleiro e festivo, onde se pode caminhar por ruas de pedras cumprimentando a todos e gastando um tempinho para uma boa prosa com os moradores.
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