A simpática cidadezinha histórica de Pirenópolis atrai todos os fins de semanas e feriados centenas de turistas. A procura é facilmente justificada, pois por aqui não faltam atrativos culturais e naturais. Os turistas que andam por suas ruas ladrilhadas e vislumbram casarões e igrejas tão bem preservados nem sempre dão valor aos aspectos históricos de sua formação, mas vale a pena fazer um rápido mergulho por sua história. Elaboramos uma lista com 10 lugares que você não deve deixar de visitar em Pirenópolis.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário
A Igreja Matriz é o maior e mais antigo monumento histórico do Estado de Goiás, localizada no centro histórico da cidade. É dedicada a Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos pirenopolinos. Foi construída em 1728 por escravos, sendo terminada em 1732, data do primeiro documento da igreja; o batizado de Jarbas Jaime.
Desde então, já foi modificada diversas vezes, principalmente quando, esta, no dia 05 de setembro de 2002 pegou fogo, perdendo em poucas horas praticamente tudo o que havia se preservado por anos, restando apenas algumas imagens.
Hoje, já restaurada, é um dos nossos mais conhecidos cartões postais, e considerada um dos mais adorados locais para tirar aquelas fotos da viagem.
A igreja fica aberta para visitação de quinta a segunda, entre 07:00 às 17 horas. É cobrado uma taxa 2,00 por pessoa, a título de manutenção.
Telefone: (62) 3331-1299.
Igreja de Nosso Senhor do Bonfim
Dedicada ao Senhor do Bonfim, a igreja foi erguida a partir de 1750, ano em que chegou a imagem de Nosso Senhor Jesus do Bonfim, trazida de Salvador pelo sargento-mor Antônio José de Campos, tendo sido concluída em 1754. A imagem de Nosso Senhor do Bonfim veio de Salvador para Pirenópolis, através de um comboio com 264 escravos.
Até 2012, a igreja era usada para cultos esporádicos, casamentos e batizados, além de ser a única igreja do período colonial aberta à visitação pública sem taxação turística. Em 2012, a igreja passou por um processo criterioso de restauração quando foram descobertas e restauradas as pinturas originais das paredes e forro da capela.
Hoje, artisticamente mais rica, a igreja é aberta a visitação de quarta-feira a domingo, das 12 às 18 horas, e cobra uma taxa de R$ 2,00 por pessoa. Apesar de ter sido reformada e restaurada com recursos públicos, é um edifício particular de propriedade da Diocese de Anápolis.
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
A igreja foi construída entre 1750 e 1754 por Luciano da Costa Teixeira e seu genro Antônio Rodrigues Frota, que teve seu nome perpetuado no Morro do Frota. Segundo a tradição, foi o terceiro prédio religioso a ser construído em Pirenópolis.
Localiza-se no Bairro do Carmo, que recebeu seu nome em homenagem à construção, logo após a Ponte de Madeira, que marca a divisa do bairro com o Centro Histórico.
O edifício abriga, atualmente, além da igreja, um Museu de Arte Sacra, que está aberto para visitação de quarta-feira a domingo, das 11h às 17 h.
Centro Histórico de Pirenópolis
Tombada como conjunto arquitetônico, urbanístico, paisagístico e histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1989, o centro da cidade de Pirenópolis mantém ainda os casarões do século XVIII, aninhados sobre ruas de pedras quartzíticas. O centro histórico também abriga o Teatro Sebastião Pompeu de Pina e o Cine Teatro Pireneus.
Por iniciativa de Sebastião Pompeu de Pina, o teatro foi construído em 1899 e está localizado na Praça da Matriz. Foi restaurado nas comemorações do seu centenário com o desenho e estruturas originais preservados sendo acrescentados espaços de apoio como camarins e depósitos.
O fundo do teatro se liga ao cinema através de seus quintais formando um entroncamento cultural com pequeno palco ao ar livre para apresentações.
O Cine Teatro Pireneus situa-se na rua Direita. Foi construído em 1929, pelo padre Santiago Uchôa, em estilo neoclássico. Em 1936 sofreu uma reforma e sua fachada foi alterada para o estilo “Art Déco”. Hoje, funciona como espaço teatral, cinema, galeria e apresentações musicais.
Rua do Lazer
O lugar ideal para sua noite é com certeza a Rua do Rosário, mais conhecida como Rua do Lazer. Composta por diversos bares e restaurantes, o local oferece aos visitantes dezenas de opções, que vão desde a tradicional cozinha goiana até os mais sofisticados sabores da gastronomia internacional.
De maneira pitoresca, a rua apresenta um misto de festas, shows, gastronomia e, como o nome já indica, muito lazer. Sendo assim, uma boa opção para um jantar a dois ou quem sabe até um happy hour com os amigos.
Os moradores da rua contam que a viram-na se transformando aos poucos, já que antes a extensa rua de casas coloniais servia para crianças brincarem e se moradores sentarem na porta de suas casas, até chegar o primeiro comércio, uma loja de roupas, se transformando depois no Bar e Restaurante Aravinda, e, para a rua que conhecemos hoje, foi um pulo.
-> Leia também: Rua do Lazer continua em obras (2019).
Fazenda Babilônia
A Fazenda Babilônia tem mais de 200 anos, foi construída por escravos e abrigou até um engenho. A propriedade tem mais de 1,2 mil hectares e é a mais antiga de Goiás. Fundada no século 18, a propriedade foi tombada há 53 anos como Patrimônio Histórico Nacional.
O lugar preserva as lembranças da imponência dos senhores de engenho e da escravidão. Os patrões rezavam as missas na capela, que fica no casarão. No altar, ainda há a imagem de Nossa Senhora da Conceição, santa de devoção da família. Para rezar, os escravos tinham que ir para outra capela do lado de fora.
A fazenda recebe turistas e estudantes de todas as partes do Brasil. E depois do passeio pela história, uma mesa farta espera os visitantes, carne, pães e doces feitos com produtos da fazenda.
Telefone: (62) 99294-1805 | (62) 99291-1511
Museu do Divino Espírito Santo
O museu foi aberto em 2009, após uma restauração no prédio da antiga Casa de Câmara e Cadeia, em 2005. Como o próprio nome já diz, entrar lá é entrar na história da Festa do Divino de Pirenópolis, festa comemorada 50 dias após a Páscoa.
O acervo conta com peças, fotografias, textos e vídeos que contam para os visitantes a história e simbologia da festa mais esperada por pirenopolinos e visitantes da cidade.
O museu é aberto de quarta-feira a domingo das 11h às 17h e fica no centro histórico da cidade, Avenida Beira Rio, s/n, e a taxa de visitação custa 2 reais.
Telefone: (62) 3331-3763
Museu Rodas do Tempo
Para os amantes de moto, aí está o que não deve faltar na lista de vocês: o Museu Rodas do Tempo Motos Antigas, já que essa é a maior coleção particular de veículos antigos motorizados de duas rodas do Brasil. Lá, você pode encontrar motocicletas, scooters, bicicletas comuns e motorizadas, ou até mesmo veículos com mais de duas rodas que possuem motor de motocicleta.
Depois de ser instalado no Rio de Janeiro e Brasília, Augusto Cezar decidiu trazê-lo para Pirenópolis, segundo ele, por ser uma cidade turística, este seria o lugar ideal para difundir a história e cultura desses veículos. A coleção está dividida em 5 pavilhões, os quatro primeiros contendo as motos e bicicletas, e o quinto um acervo incrível de brinquedos a corda anteriores a década de 80.
O museu fica na Av. Prefeito Luiz Gonzaga Jayme nº 172, Alto do Bonfim. A visitação ocorre de sexta-feira a domingo e feriados, de 10h ás 20h, com uma taxa de 1o reais para pessoas acima de 12 anos e de R$ 5,00 para crianças de 5 a 12 anos.
Telefone: (62) 3331-2487
Museu das Cavalhadas
O Museu das Cavalhadas é um museu privado, que é mantido por Maria Eunice Pereira e Pina desde 1992. Com certeza é a melhor maneira de se conhecer a história da maior festividade local, As Cavalhadas, representadas na Festa do Divino Espírito Santo.
Ao entrar no museu, as memórias ganham vida, levando seus visitantes para dentro da festa com fotografias, catálogos, documentos, livros e peças.
Está localizado na Rua Direita, n° 39, centro da cidade, estando aberto todos os dias das 8h às 20h, com entrada franca.
Telefone: (62) 3331-1166
Santuário de Vida Silvestre Vagafogo
O Santuário Vagafogo é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, criada em 1990. Visa promover a educação ambiental, o ecoturismo e a produção sustentável de alimentos.
Possui uma encantadora e acessível trilha interpretativa com percurso total de 1.500m que revela árvores centenárias da mata ciliar que margeia o Rio Vagafogo, onde é possível se refrescar em uma piscina natural e saborear as límpidas águas de uma pequena cachoeira.
Além da trilha, há também atividades como: arvorismo, rappel, tirolesa pêndulo, observação de fauna e flora, biblioteca, quiosque com redes para descanso e o Brunch, uma verdadeira experiência gastronômica com cerca de 45 itens produzidos na própria fazenda a partir de frutos do cerrado e produtos locais ou ainda optar pelos deliciosos lanches e porções.
Localizado a 6 km da cidade, com a entrada no bairro do Carmo, após a pousada dos pireneus, próximo a Igreja São Judas Tadeu.
É cobrado entrada de 20 reais para adultos e meia entrada para crianças até 12 anos. Crianças com menos de 5 anos, não pagam.
Telefone: 62 9222-5471
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